A guarda compartilhada prevê que a criança tenha tempo de convivência igualitário, que o pai e mãe possam compartilhar dessa convivência, além de compartilharem direitos e obrigações que cercam essa criança, é importante deixar claro que essa criança vai ter uma casa, que será reconhecida como “sua casa”, terá uma escola fixa, terá rotina definida, e poderá desfrutar igualmente do convívio do pai e da mãe já que o tempo livre dela será compartilhado, proporcionado segurança e conforto para a criança que já estará enfrentando uma mudança significativa em sua vida.
Poder conviver igualmente com pai e mãe é sem dúvida muito benéfico e importante para o desenvolvimento emocional e psicológico da criança. É importante também dizer que na guarda compartilhada, os pais dividem não só o tempo de convivência, mas dividem também as tarefas, as obrigações, os cuidados e as responsabilidades, como: buscar na escola, se preocupar com alimentação, se preocupar com os deveres de casa, cuidar e preocupar com as roupas, saúde, desenvolvimento físico, mental e social, enfim tudo que diz respeito a vida da criança isso é direito e dever dos pais, lembrando que esse já deveria ser o dever enquanto haviam convivência dos pais, e deve continuar sendo após a separação.
O objetivo da guarda compartilhada é regrar todo esse universo que envolve a criança quando os pais estão em casas distintas, garantindo que os pais sejam tratados de forma igualitária afim de assegurar à criança o seu direito mais básico: conviver com o pai e a mãe independentemente do que tenha acontecido no relacionamento desses.
O fator mais importante, contudo é que, os pais entendam que a essência da guarda compartilhada ou qualquer outro tipo de guarda, implica em que eles no mínimo se respeitem para que o filho tenha garantido o seu desenvolvimento de forma saudável e segura, pois as atitudes de um para com o outro irão refletir diretamente no desenvolvimento emocional e psicológico do filho.
A convivência saudável, harmônica e igualitária com pai e mãe, sem que haja substituição ou afastamento de um genitor trará estabilidade emocional para criança, o que certamente irá prevenir aqueles transtornos muito conhecidos, como raiva excessiva, “fechamento”, isolamento, episódios de regressão, automutilação, dentre outros.
É vital que os pais lembrem que o filho, assim como eles, está passando por um momento altamente estressante e desafiador, pois está vendo seus pais se separarem, e os pais não podem esquecer que são o porto seguro dos filhos, são aqueles que devem garantir estabilidade e aparo, e não trazerem mais insegurança e medo para os filhos e é por essa razão que a guarda compartilhada deve ser o instituto adotado, pois manter a convivências com os pais irá trazer essa segurança, conforto e estabilidade.
Por fim os pais devem lembrar de imporem aos filhos que escolheram entre um ou outro, já que a separação dos pais não os destituiu da função de pai e mãe, essa função será deles enquanto viverem, como pais é dever deles garantir o melhor para os filhos, mesmo que isso não os agrade, portanto, é importantíssimo que cheguem a acordo e coloquem suas diferenças de lado, para assumir aquilo que for melhor para o filho.